Este é da série que intitulo Poemas de Asfalto....

Lusco fusco insandecido,
pisca apaga acende e liga,
desvia segue curva e vira, 
penso logo existo, 
corro me jogo e precipito, 
voar planar o importante e não se achatar...

O amanhecer não é a noite,
o afago e o carinho não são açoite
tô sempre em frente
mantenho a busca na minha mente
procuro escarafuncho desmonto e acho
não vou mais servir de capacho...

Estudo cresço, crio e faço
tenho coração de guerreiro e a tenacidade do aço
vou erguer minha taça e vencer meu cansaço
não sou um animal encarcerado já rompi o meu laço...

Não me basta o trivial já passei do antepasto
quero o prato principal, com direito a escolhas;
já larguei a minha pá minha mão não tem mais bolhas
já fui parte da defesa, fiz muito meio de campo
hoje estou no ataque quero marcar os meus gols...

Se quem procura sempre acha, já encontrei o meu mapa
vou seguir a minha rota, se não gosta pouco importa
vosso destino não é o meu;
não me siga em minhas linhas, este traçado me pertence;
meu texto não é a Iliáda e nem você é Odisseu...

Tenho minhas próprias asas, vôo na luz e no breu,
vá calçar suas próprias sandálias e pegar seu Caduceu;
ou capture seu próprio Pégaso e vá brincar de ser Perseu...

Escreva suas próprias linhas
cante seu próprio canto;
supere suas expectativas
desnude seu próprio manto...

Só perde quem desiste
Só vence quem persiste...

Vá.....
Pois eu já não estou mais aqui;
já segui o meu caminho...
e não olho prá trás....